Tecnologia da Informação (TI) É a área de conhecimento
responsável por criar, administrar e manter a gestão da informação através de
dispositivos e equipamentos para acesso, operação e armazenamento dos dados, de
forma a gerar informações para tomada de decisão.
A TI é uma grande força em áreas como finanças,
planejamento de transportes, design, produção de bens, assim como
na imprensa, nas atividades editoriais, na produção musical e cinematográfica,
no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada vez
mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e
os centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação),
introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados e obras armazenadas;
reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a
formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial.
E mais tal desenvolvimento facilitou e intensificou a
comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento
de texto, de formação de bancos de dados, de editoração eletrónica,
bem como de tecnologias que permitem a transmissão de documentos,
envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos
(via rede mundiais de computadores, como a internet). A difusão das
novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas,
relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à
informação, pois os cidadãos geralmente não têm acesso a grande
quantidade de informação sobre eles, coletadas por instituições particulares ou
públicas.
As tecnologias da informação não incluem somente componentes
de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo
da informação, como técnicas de classificação, por exemplo, que não requerem
uso de máquinas apenas em um esquema. Esse esquema pode, também, ser incluído
em um software que será usado, mas isso não elimina o fato de que a
técnica já existia independentemente do software. As tecnologias de
classificação e organização de informações existem desde que as bibliotecas começaram
a ser formadas.
Os maiores desenvolvedores mundiais desse tipo de tecnologia
são Suécia, Cingapura, Dinamarca, Suíça e Estados
Unidos, segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009-2010 do Fórum
Econômico Mundial.
Evolução da Tecnologia de Informação
Conhecendo a evolução histórica da Tecnologia da Informação
(TI) podemos compreender o quanto essa ferramenta é necessária hoje nas empresas e
perceber, por exemplo, como os sistemas atuais são modificados,
desenvolvidos e aplicados. O desenvolvimento da TI, segundo Keen (1996, p. XXV)
pode ser divida em quatro períodos distintos:
- Processamento de dados (década de 1960);
- Sistemas de informações (década de 1970);
- Inovação e vantagem competitiva (década de 1980);
- Integração e reestruturação do negócio (década de 1990);
De acordo com Foina (2001), foi com o advento dos computadores nas
empresas e organizações que a TI surgiu. Antes, o processo de tratamento das
informações eram em formatos de memorandos, planilhas e
tabulações, todas datilografadas e distribuídas por meio de malotes aos
funcionários. Analisando os avanços da TI vemos o quanto esse instrumento
de tomada de decisão é importante no mundo dos negócios, nas empresas
e na própria tecnologia.
Em 1960 os computadores começaram a se tornar
importantes para as grandes e médias empresas, mas eram limitadíssimos quanto a
aplicações e incompatíveis entre si. Os avanços da informática eram puxados
pelo hardware como melhorias no custo, velocidade dos equipamentos e as
aplicações, onde esse último era construído “do zero”, pois não existiam
empresas dedicadas ao desenvolvimento de pacotes.
Na década de 1970, as linhas telefônicas de voz passaram a
permitir o acesso a terminais remotos de computadores e as telecomunicações se
tornam uma base tecnológica, levando as empresas a automatização das atividades
burocráticas.
Toda a ação acontecia na sala de processamento de dados os
chamados CPD´s (Centro de Processamento de Dados) responsáveis pelo
tratamento das informações, onde o acesso a esse volume de dados eram
realizados por relatórios gerados pelo sistema ou terminais ligados ao
computador central. Porém havia resistência por parte de usuários ao novo
sistema e centralização das operações.
A Era dos Sistemas de
Informações
Em meados de 1970 as transformações tecnológicas começaram a
abrir novas opções para a transformação de dados em informações e ao
melhoramento e adequação dos sistemas de acordo com as necessidades da empresa,
porém ainda era um período de extrema centralização.
O terminal, pela primeira vez, se torna flexível, permitindo
o computador processar diversas tarefas simultaneamente com vários usuários.
Surge também os pacotes de software, onde combinado com a flexibilidade dos
terminais estimulou uma série de inovações que vieram a ser conhecidas como
“sistemas de apoio à decisão”.
Segundo Keen (1996, p. XXXVII), “a maior evolução
técnica dessa época foi a passagem do processamento de transações para o
gerenciamento de banco de dados." Surge então os sistemas
gerenciadores de banco de dados (SGBDs), que organizam as informações de uma
maneira eficaz, evitando duplicidade e facilitando sua análise. Assim os velhos
CPDs começaram a se transformar em bibliotecas de informações. Os profissionais
de informática eram os que mais resistiam às mudanças.
A Era da Inovação e
Vantagem Competitiva
Em 1980, ocorreram mudanças tecnológicas principalmente em
tecnologias de escritório e microcomputadores, e o termo “Tecnologia da
Informação” passou a ser mais usado. Os gerenciadores de banco de dados se
tornaram disponíveis nos PCs e softwares de custo baixo dominaram o mercado,
assim as atenções se voltavam para o mercado em busca de novas estratégicas com
base das tecnologias de TI. As telecomunicações e os microcomputadores
liberaram o uso da TI nas empresas do mundo todo.
Criou-se programas de “conscientização gerencial” para os
altos executivos e o Centro de Suporte ao Usuário (CSU) ou o chamado Help
Desk, onde os usuários consultavam para esclarecer dúvidas, além de receberem
consultoria na área tecnológica, ambos para possibilitar o acesso e
conhecimento das ferramentas de TI existentes nas empresas e uma maior
aceitação.
Mesmo com todos os avanços da época, como as redes locais,
os computadores ainda eram incompatíveis entre si, dificultando assim a
integração dos sistemas e uma maior flexibilidade. A busca pela
descentralização se torna mais forte.
A Era da Integração e
Reestruturação do Negócio
Na década de 1990, sistemas abertos, integração e modelos se
tornam itens essenciais nos departamentos de sistemas acabando com a
incompatibilidade. A integração tecnológica flexibilizou e facilitou a troca e
o acesso às informações otimizando o funcionamento da empresa. Surge, por
exemplo, o sistema EDI (electronic data interchange ou troca eletrônica de
dados).
“A TI é reconhecida como fator crítico de capacitação,
principalmente através das telecomunicações, que permite eliminar barreiras
impostas por local e tempo às atividades de coordenação, serviço e
colaboração”.(KEEN, 1996, p. XLIX). De modo súbito, a mudança se acelerou em
quase todas as áreas do negócio e da tecnologia. A transformação e utilização
das ferramentas da TI se tornam globais e as distinções entre computador e
comunicação desaparecem mudando radicalmente o mundo dos negócios. O computador
se torna elemento de TI indispensável em uma organização.
Tecnologias de
Informação (TI) nas organizações
Impactos dos Sistemas
de Informação (SI) / Tecnologias de Informação (TI) nas organizações
A introdução de SI/TI numa organização irá provocar um
conjunto de alterações, nomeadamente em nível das relações da organização com o
meio envolvente, analisadas em termos de eficácia, e em nível de impactos
internos na organização, analisados através da eficiência.
As TI são um recurso valioso e provocam repercussões em
todos os níveis da estrutura organizacional:
No nível estratégico,
quando uma ação é suscetível de aumentar a coerência entre a organização e o
meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de
cumprimento da missão organizacional;
Nos níveis
operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, traduzidos
em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. No
entanto, ao ser feita essa distinção, não significa que ela seja estanque,
independente, pois existem impactos simultâneos nos vários níveis: estratégico,
operacional e tático.
Assim, temos que os SI permitem às organizações a oferta de
produtos a preços mais baixos, que, aliados a um bom serviço e à boa relação
com os clientes, resultam numa vantagem competitiva adicional, através de
elementos de valor acrescentado cujo efeito será a fidelidade dos clientes.
A utilização de TI pode provocar, também, alterações nas
condições competitivas de determinado mercado, em termos de alteração do
equilíbrio dentro do setor de atividade, dissuasão e criação de barreiras à
entrada de novos concorrentes. A TI permitem, ainda, desenvolver novos
produtos/serviços aos clientes ou diferenciar os já existentes dos da
concorrência e que atraem o cliente de forma preferencial em relação à
concorrência.
A utilização de alta tecnologia vai permitir uma
relação mais estreita e permanente entre empresa e fornecedores, na medida em
que qualquer pedido/sugestão da parte da empresa é passível de ser
atendido/testado pelos fornecedores. A tecnologia permitiu uma modificação na
maneira de pensar e de agir dos produtores e consumidores.
As Tecnologias de Informação têm reconhecidamente impactos
no nível interno das organizações: na estrutura orgânica e no papel de
enquadramento/coordenação na organização; em nível psicossociológico e das
relações pessoais; no subsistema de objetivos e valores das pessoas que
trabalham nas organizações; bem como no subsistema tecnológico.
Os maiores benefícios somem quando as estratégias
organizacionais, as estruturas e os processos são alterados conjuntamente com
os investimentos em TI. As TI’s permitem, assim, ultrapassar todo um conjunto
de barreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo
real é possível às empresas agirem e reagirem rapidamente aos clientes,
mercados e concorrência.
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